Aí, pensando nisso, Pat começou a questionar que tratamento recebem os animais no Brasil. Quando não são abandonados e têm donos que os levam ao médico, quantos desses de fato recebem tratamento adequado? Pat não se preocupou em momento algum quanto ia custar um bom atendimento, mas a verdade é que mesmo gastando, mesmo levando em um hospital que deveria ser referência, ela percebeu várias falhas no atendimento:
Primeiro: exame de sangue completo deveria ser exigência do protocolo para avaliação pediátrica de animais recolhidos das ruas. Para que fosse feito um exame de sangue completo em mim, mamãe precisou exigir e aturar a cara do médico, pensando consigo: eis uma proprietária cretina que acha que sabe mais do que eu!
Segundo: desde 13/11/2009 até 23/12/2009(esse foi o prazo que eu sei) o hospital está sem vacina óctupla!
Terceiro: tratamento médico em filhote deve ser encarado de maneira diferente do tratamento em um adulto! Um adulto não está em processo de crescimento, então a dose administrada no início do tratamento provavelmente será adequada ao fim; num filhote, não, pois filhotes crescem e ganham peso muito rápido! Eu pesava 2,5kg em 13/11/2009, dia 22/12/2009, eu pesava 6,6kg. Quando acabou o tratamento, dia 11/12 eu provavelmente pesava uns 5,5 kg, talvez mais. Será que a dose indicada ainda era suficiente? Provavelmente não, prova disso é que eu ainda estou com parasitas no sangue! Pat deveria ter sido orientada a me levar lá para reavaliação quando a primeira caixa estivesse acabando, mas não foi. Assim como não foi orientada a me levar para um exame de sangue logo que terminasse o tratamento ou até um pouco antes.
Enfim, o veterinário, como qualquer médico, não deve apenas prescrever tratamentos e remédios, mas orientar o proprietário sobre como agir, especialmente diante de doenças graves como a erliquiose, que pode levar a óbito.